terça-feira, 23 de abril de 2013

Sherry Turkle: 'Connected, but alone?'



A psicóloga Sherry Turkle de 64 anos, numa Palestra do TED talk (Vídeo Acima), analisa como os nossos dispositivos e personalidades online estão a redefinir a conexão humana e a comunicação, afirmando que se torna importante pensar profundamente sobre os novos tipos de conexão que queremos, ou seja, o papel que as tecnologias têm nas nossas vidas e a maneira como influenciam a nossa relação interpessoal.

Turkle levanta um paradoxo: 
Apesar das novas tecnologias se mostrarem extremamente inovadoras, nos permitirem uma maior interação com outros em tempo e espaços diferentes, por outro lado afasta-nos das pessoas que nos estão mais próximas e fazem parte do nosso dia a dia (amigos, familiares, etc.), muito pelo motivo de as pessoas dependerem das tecnologias a todo o instante, optarem por fazer tudo pelo computador, ou seja, cria-se aqui uma situação em que o presencial e o tempo de convívio “frente a frente” são desvalorizados e substituídos pela dimensão mais virtual por vezes.

A psicóloga destaca como um aspeto importante, o facto de muitos jovens utilizarem as redes sociais como refúgio à solidão, aos seus próprios problemas, família, amigos, isto é, os média conseguem dar-lhes uma certa segurança, pois desta forma conseguem esconder os seus sentimentos.

A Sherry Turkle assume que as novas tecnologias dominam cada vez mais a nossa vida e a forma como nos relacionamos com as pessoas tornando as nossas interações cada vez menos dinâmicas. Turkle lança um exemplo curioso, na minha opinião adaptável a muitos de nós e que 90% das vezes nem damos por isso no nosso dia a dia, nomeadamente quando recebemos alguém em casa, amigo mais próximo e distraímo-nos com um telemóvel ou porque recebemos uma sms, ou porque estávamos a mostrar umas fotos lindíssimas que tiramos nas férias de verão. Ou seja, tudo parece girar em torno das novas tecnologias. Estas situações refletem-se principalmente nas camadas mais jovens, por isso é importante que os pais eduquem os seus filhos para estes tipo de questões. 

Podemos concluir que as pessoas nos dias de hoje, esperam mais das tecnologias do que do ser humano em si, pois as pessoas dão cada vez mais importância aos média do que à relação que têm com o outro, ou seja, àquilo a que chamamos de socialização ou interação social.

21st Century Vision for motivation & Learning - Web 2.0



Questão 1: Qual a visão de Alex sobre as influências da Web 2.0?


Segundo a descrição feita por Alex, a web 2.0 permite a qualquer utilizador ler e escrever na Web e é exactamente neste ponto que se distingue da Web 1.0, na qual os utilizadores apenas poderiam aceder/ler aos conteúdos exibidos na Internet sem permitir qualquer manipulação.

Na Web 2.0, o utilizador para além de ter o papel de consumidor, é também produtor e pode claramente avaliar através de comentários relacionados aos conteúdos. 
Podemos traduzir esta definição no seguinte: Producer + Consumer = 'Produser' (este último conceito foi um conceito lançado por Axel Bruns – refere-se ao individuo que está envolvido à atividade de produsage).



Questão 2: Quais os aspetos específicos tratados neste vídeo a cerca da Web 2.0?

A web 2.0 possibilita diversas ligações pelo Mundo. 
Através das redes sociais conseguimos estar conectados a uma série de pessoas, fazer novos amigos, reencontrar familiares que já não temos contacto há muitos anos e até  mesmo encontrar um parceiro amoroso.

Como o vídeo relata e muito bem, estas situações acontecem duma forma muito simples. Basta criarmos uma conta numa rede social (desde Instagram, Facebook, Twitter, entre outros), preencher os variados campos do perfil, adicionamos como ‘amigo’ a pessoa X e a pessoa Y e automaticamente estabelecemos uma ligação com essas pessoas e com o próprio site, podendo a partir desse mesmo momento procurá-los na lista de amigos, ver o seu perfil, comentar, ver quem são os amigos desse amigo, da mesma forma que esses amigos também têm acesso ao meu perfil, ou seja, as pessoas deixam de ser estranhas umas em relação às outras e assim se criam uma série de ligações entre elas.

Ex. Vídeo: És amigo do Bob, que também é amigo da Sally e a Sally tem o namorado que poderá eventualmente ter um emprego para ti. 


Pode-se dizer desta forma, que a Web 2.0 nos permite conhecer pessoas às quais nunca conheceríamos e saberíamos que existiam se não fosse através de uma rede social, por exemplo.


A Web 2.0


A Web 2.0 é um termo criado em 2004 pela empresa americana O'Reilly Media. Este conceito designa uma segunda geração de comunidades e serviços que pretende tornar a Web como plataforma, envolvendo wikis, redes sociais e Tecnologia da Informação. Embora este termo tenha uma conotação de uma nova versão para a Web, ele não se refere à atualização nas suas especificações técnicas, mas a uma mudança na forma como ela é encarada pelos utilizadores e produtores, isto é, o ambiente de interação e participação que hoje engloba inúmeras linguagens e motivações.

Pode-se dizer que os principais objetivos da Web 2.0 é converter o ambiente online o mais dinâmico possível e fazer com que os utilizadores se organizem e trabalhem em equipa para a organização do conteúdo e ainda tornar o seu conteúdo 'aberto'. Porém é de acrescentar, que facilmente se pode garantir e flexibilizar os seus direitos autorais, nomeadamente, através da utilização de licenças como ‘Creative Commons’, que possibilitam a reutilização (republicar, modificar ou colaborar) do conteúdo por parte do utilizador. 

A título de um bom exemplo temos: o ‘Wikipédia’, visto que é um site da nova geração, o ‘Windows Live’ que dispõe de diversos serviços on-line interligados, integra ferramentas de busca, e-mail, comunicador instantâneo, programas de segurança, entre outros.

Em suma, podemos concluir que com o surgimento da Web 2.0, os conteúdos nos websites sofreram uma extrema mudança, uma vez que dá a possibilidade ao utilizador de participar, criar e organizar as informações. Quando o conteúdo não é criado por mim por exemplo, posso da mesma maneira participar e enriquecer esse mesmo conteúdo, através de comentários e avaliações. 
Algumas das aplicações da Web 2.0 possibilitam a personalização do conteúdo publicado por cada utilizador, sob forma de página pessoal, permitindo ao mesmo a filtragem de informação que ele considera relevante.




Fontes: Wikipédia 
Fahy, P.J., (2008). As Caraterísticas dos Meios de Aprendizagem Interativas Online – Athabasca University Press. Tradução de Maria Francisco, Paulo Sopa, Catarina Oliveira, Liliana Vidal, Maria Clara Pereira (2011).

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Resumo à cerca das ‘Características dos Meios de Aprendizagem Interactiva Online’


A obra acima referida apresenta as tecnologias online utilizadas na aprendizagem à distância e ainda expõe os princípios da multimédia no ensino online como caraterísticas específicas baseadas nos meios de comunicação individual, através de ferramentas.
Neste tópico em particular, são apresentados os princípios que comprometem o impato multimédia na aprendizagem, a distinção entre média e modos de utilização. 
O impato multimédia (online ou presencial), está dependente de sete princípios segundo
Mayer (2001) citado por Fahy (2008):

Principio Multimédia: os alunos aprendem melhor a partir de palavras acompanhadas de ilustrações (gráficos ou imagens);

Principio de Contiguidade Espacial: os alunos aprendem quando as palavras e imagens correspondentes são apresentados lado a lado no ecrã;

Principio de Contiguidade Temporal: os alunos aprendem quando as palavras e imagens são apresentados em simultâneo;

Principio da Coerência: aprendem quando são excluídas palavras, imagens e sons estranhos.

Principio da Modalidade: aprendem a partir da animação e narração sonora, em vez de animação e texto no ecrã;

Principio da Redundância: aprendem a partir da animação e narração do que através de uma combinação de animação, geração e texto no ecrã;

Principio das Diferenças Individuais: os efeitos de desenho são mais fortes para alunos com baixos conhecimentos e/ou elevada capacidade espacial do que para alunos com muitos conhecimentos e/ou baixa capacidade espacial. 

As tecnologias, segundo Fahy (2008), são como canais através dos quais os símbolos (estímulos) diferem nas respostas que evocam. 
O ensino online e a aprendizagem, apesar das suas diferenças, partilham da capacidade de trazer aos alunos em tempo útil o contato com os seus educadores/tutores/formadores, o conteúdo e os seus pares reduzindo, desta forma, a distância transacional (Moore, 1989).


Características de ferramentas Específicas 

  •  As ferramentas online incluem:


- Impressão e Texto: O texto é a forma de apresentação mais familiar. A impressão era, inicialmente, o meio dominante na educação à distância. Os pontos fortes desta ferramenta passam pelo baixo custo, flexibilidade, facilidade de reprodução, estabilidade, conveniência, familiaridade e economia. Relativamente, aos pontos fracos, o facto de a impressão não ser interativa e ainda a falta de uma produção de uma participação adequada de baixo funcionamento dos leitores.

- Vídeo e Gráficos: Segundo alguns estudos realizados, tem-se vindo a verificar que os gráficos aumentam a motivação dos utilizadores.
Os gráficos devem possuir características visuais que destaquem particularidades relevantes à aprendizagem; a adição de detalhes e realismo pode não aumentar a aprendizagem adiciona apenas tempo à mesma; O autor refere ainda que demasiada cor pode confundir alguns utilizadores e por sua vez reduzir a percepção da apresentação, assim sendo os utilizadores devem ser capazes de controlar a cor em displays, por forma a dominar-se a ‘cegueira a cores’. 

- Videoconferência: Constitui um importante recurso na aprendizagem, dado que permite a aproximação dos utilizadores geograficamente dispersos e diminui a necessidade de deslocação dos alunos. A videoconferência permite estabelecer relações sociais, partilha de recursos e a cooperação entre os utilizadores. Mas para que se possa usufruir destes benefícios, a planificação da aprendizagem através da videoconferência deve respeitar os seguintes pontos: preparação prévia, diversificação dos recursos integrados na apresentação e optimização da duração da apresentação, do tamanho dos grupos de trabalho e do suporte técnico.

- Dispositivos Móveis e Internet:  Devido às características dos PDAs, smartphones e outros dispositivos manuais, relativamente à autonomia, recepção wireless, armazenamento de memória, na recepção e suporte de formatos vídeo, podem vir a ser considerados como um recurso potencial no ensino online a médio prazo. Segundo alguns autores, os smartphones podem ultrapassar a popularidade dos PDAs. A melhoria da tecnologia, ultra banda larga e o controlo de vírus dos telemóveis pode torná-los como um veículo de grande dimensão na distribuição de educação e formação à distância. A aprendizagem online normalmente é associada à Internet, pois oferece desafios tanto a educandos como a educadores. As vantagens são a de permitir ligar os participantes com a informação e entre eles, e esta pode ser modificada pelos professores e adaptada às necessidades individuais dos estudantes no apoio da colaboração e interação. Há, ainda, a considerar a enorme lacuna que advém da sua falta de estrutura, o que contribuirá para que alguns utilizadores se dispersem, a falta de segurança da informação e a necessidade de literacia com o computador. A Internet oferece meios para atrair a atenção dos alunos e dá oportunidade de chamadas imediatas. O fornecimento de instruções organizadas, sequenciação e orientação são difíceis com a Internet. 

Em suma, podemos verificar que a Internet  nomeadamente na aprendizagem online continua em crescimento em relação aos média e tecnologias utilizadas, assim como à pedagogia adequada para a sua utilização. Contudo, apesar de todos estes recursos serem uma mais valia na aprendizagem online, parece-me realmente necessário refletirmos sobre os custos de acesso principalmente nos países em vias de desenvolvimento, parece-me necessário refletir, portanto se mesmo na educação se aproveita todos os desenvolvimentos tecnológicos no sentido de reduzir custos integrados e ainda se se procura manter o seu ritmo de inovação e crescimento com a preocupação de se tornar acessível à realidade social e económica atual.

Fahy, P. (2008) – “As Características dos Meios de Aprendizagem Interactiva Online”. Athabasca University Press. Tradução de Maria Francisco, Paulo Sopa, Catarina Oliveira, Liliana Vidal, Maria Clara Pereira (2011).